Professor de Matemática, prefeito de Bom Jardim apresenta soma de R$ 7,5 milhões em débitos deixados por ex-prefeito.

Da Redação, com Alberico Cassiano:
felizsramosdecarvalho@yahoo.com.br- 

Fazer cálculos sempre foi a principal atividade do professor Janjão, que lecionava Matemática. Desde que assumiu a prefeitura de Bom Jardim, a habilidade com os números tem sido necessária, sobretudo para somar os débitos deixados pela gestão anterior. O total do calote, chamado de "herança maldita" pelo prefeito Janjão (PL), foi constatado por meio de auditoria, e chega a R$ 7.582.059,10 (sete milhões, quinhentos e oitenta e dois mil, cinquenta e nove reais, e dez centavos).

Os resultados foram apresentados em 'live', como balanço dos cem dias da gestão, transmitida pelas redes sociais do prefeito. Com ajudada vice, Vânia de Miguel, o professor expôs o detalhamento do débito, de maneira didática e clara, com cartazes impressos, fazendo os cálculos ao vivo na internet, como se estivesse em sala-de-aula, lecionando com apoio da tecnologia, seguindo os protocolos da pandemia.  

"Do total do débito, R$ 4.504.139,02 (quatro milhões, quinhentos e quatro mil, cento e trinta e nove reais, e dois centavos) são dívidas com folha de pagamento, INSS e Fumap [Fundo Municipal de Previdência] e outros R$ 3.077.920,08 (três milhões, setenta e sete mil, novecentos e vinte reais e oito centavos) são de salário família, garantia de obras e consignados."      


Depois de expor o total e a que se refere o rombo nos cofres do Município, o prefeito, professor Janjão, destrinchou o valor do pendura e o nome de quem deixou de receber da gestão anterior, a exemplo de mais de R$ 1,5 milhão em débitos com a Celpe e a folha de pagamento de dezembro do servidor municipal em aberto, com valor superiora R$ 1 milhão.

"As demais despesas: R$ 2.199.592,87 (dois milhões, cento e noventa e nove mil, quinhentos e noventa e dois reais, e oitenta e sete centavos) - dívidas com combustíveis, equipamentos e obras; R$ 216.805,18 (duzentos e dezesseis mil, oitocentos e cinco reais e dezoito centavos) - em dívida com a Compesa; R$ 1.149.724,74 (um milhão, cento e quarenta e nove mil, setecentos e vinte e quatro reais, e setenta e quatro centavos) - débito com a Celpe, de iluminação pública; R$ 471.752,35 (quatrocentos e setenta e um mil, setecentos e cinquenta e dois reais, e trinta e cinco centavos) -  também com a Celpe, de contas parceladas; R$ 1.036.659,56 (um milhão, trinta e seis mil, seiscentos e cinquenta e nove mil, e cinquenta e seis centavos) - com folha de pagamento em geral; sendo R$ 866.508,56 (oitocentos e sessenta e seis mil, quinhentos e oito reais, e cinquenta e seis centavos) - com folha de pagamento dos professores, do Fundeb".

O prefeito esclareceu que a folha atrasada está sendo paga de forma parcelada, com recursos próprios do Município. "Temos dinheiro do Fundeb na conta da prefeitura, mas, por Lei, não posso pegar para pagar ao professor, porque não há competência para isso. O que acontece? Mês a mês eu tenho que tirar do FPM, do recurso próprio. Nesta sexta-feira(23) fizemos o pagamento da segunda, do total de seis parcelas", disse.



R$ 1 milhão para Covid-19 sumiu 

O prefeito de Bom Jardim, professor Janjão(PL), também aproveitou a marca dos 100 dias de gestão para apresentar o resultado do levantamento feito pela atual gestão, nas contas do dinheiro que o município recebeu para enfrentar a pandemia da Covid-19.

Foram repassados para o município o "total de R$ 4.305.789,55 (quatro milhões, trezentos e cinco mil, setecentos e oitenta e nove reais, e cinquenta e cinco centavos); desse valor, a gestão passada deixou comprovantes de gastos totalizando R$ 3.280.459,80 (três milhões, duzentos e oitenta mil, quatrocentos e cinquenta e nove reais, e oitenta centavos); A diferença, de R$ 1.025.329,75 (um milhão, vinte e cinco mil, trezentos e vinte e nove reais, e setenta e cinco centavos)", não foi localizada pela atual gestão.  

"Eu não poderia deixar de falar quanto chegou para Covid em Bom Jardim, no ano passado. É muito dinheiro, Bom Jardim! E sabe onde foi gasto? Foi gasto jogando água suja em pneu de carro, foi gasto lavando rua de mentira, foi gasto com contratos falsos, fraudulentos, que eu denunciei na Draco, no MP e no Tribunal de Contas. Então, fazendo uma subtração, não se sabe onde é que foi parar R$ 1 milhão. Não se sabe onde gastou, não se acha empenho, não se encontra justificativa de onde foi parar esse dinheiro", revelou. 

O prefeito destacou ainda que não recebeu qualquer recurso para combater a pandemia, mesmo assim está executando ações de combate ao novo corona vírus. "Agora, sabe quanto foi que chegou em 20121 para gestão minha e de Vânia gastar com Covid? Nem um centavo! Mas vocês estão vendo a gente fazer as ações para combater o Covid: distribuição de máscaras, álcool, vacinação, barreira sanitária... a gente não para, porque a gente tá pegando o dinheiro do bonjardinense e respeitando, distribuindo o dinheiro do jeito que é para distribuir", frisou.


ÁLCOOL VENCIDO -  ainda na prestação de contas, o prefeito expôs que encontrou duzentos galões de cinco litros cada um de álcool em gel vencido. Ele disse que o município vai doar outro lote ao comércio local, por não ter condições de utilizar todo estoque, comprado no último mês da gestão passada, e com praz de validade perto do vencimento.    

"O que tem de álcool vencido, dá pra lavar Bom Jardim todinha.  A gente chegou em janeiro, e esse álcool em gel já estava vencido desde outubro de 2020. Está na embalagem, 'fabricado em abril de 2020; validade: outubro de 2020. Comprou um álcool com seis meses de validade, minha gente! Sabe quantos tem? Duzentos! Outro lote, que foi comprado em dezembro, que vai vencer agora, em abril, vamos doar ao comércio, para não se estragar, porque temos como conseguir usar tanto álcool em gel em tão pouco tempo", afirmou.

Imagens: reprodução / Facebook.
Da Assessoria de Imprensa.  
Postado por Sérgio Ramos/ Radialista e Blogueiro-25/04/2021

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