Diferente do divulgado à época, neto de Lula não morreu de meningite


Do Yahoo Noticias.
Reprodução/Facebook

A Prefeitura de Santo André confirmou nesta segunda-feira (1º) que a morte de um neto de sete anos do ex-presidente Lula não foi causada por meningite, conforme divulgado por hospital à época.
Arthur Araújo Lula da Silva deu entrada às 7h20 de 1º de março no Hospital Bartira, da rede D’Or, com quadro instável, segundo boletim médico divulgado pela instituição. O quadro se agravou, e a criança morreu às 12h36 do mesmo dia.
De acordo com a nota da prefeitura, logo após a morte do menino, a Secretaria de Saúde local encaminhou amostras coletadas no hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Ainda segundo a prefeitura, os exames descartaram “meningite, meningite meningocócica e meningococcemia”.
“Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Informações adicionais relacionadas ao caso dependem de autorização expressa da família da criança”, diz a nota da prefeitura.
Procurada no fim de semana, a família do ex-presidente não quis se pronunciar a respeito da causa da morte de Arthur.
Lula foi a velório
O petista obteve permissão da Justiça para a saída devido à morte de Arthur, 7, um dos netos mais próximos dele e vítima de meningite no dia anterior. Foi a primeira vez que Lula esteve em seu reduto político depois que foi preso, em abril de 2018 -desde então, havia deixado a carceragem da PF apenas para prestar depoimentos no prédio da Justiça Federal do Paraná.
O ex-presidente chegou às 11h no cemitério Jardim da Colina sob escolta armada. Foi recebido aos gritos de “Lula livre” e “Lula guerreiro do povo brasileiro”, acenou para os simpatizantes, que se aglomeravam no entorno, contidos por grades, e que rezaram um Pai-Nosso em seguida.
A presença de mais de uma centena de pessoas no local, porém, foi discreta em relação a mobilizações anteriores -a pedido de aliados do próprio petista, que se comprometeu a manter detalhes de seu roteiro sob sigilo.
Nota na íntegra
“Conforme amplamente noticiado, no dia 1°/03/2019 recebemos por volta das 14h20 a notificação de nº 5968951, informando que o paciente A.A.L.S, de 7 anos de idade, deu entrada no Hospital Bartira às 7h14 do dia 1°/03 com cefaleia, febre, mialgia, exantema, cianose, náuseas e dores abdominais. Evoluiu com confusão mental e o paciente veio a óbito por volta das 12h. O Hospital informou na notificação que o motivo do óbito foi meningococcemia (meningite). Apesar da notificação, o resultado do exame de líquor realizado no mesmo dia pelo próprio Hospital Bartira, acusou bacterioscopia negativa.
Em face dessa constatação, na mesma data, a Secretaria de Saúde de Santo André, por meio do Departamento de Vigilância à Saúde, encaminhou as amostras de sangue e líquor coletadas no Hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, que normalmente emite os resultados no prazo de 15 a 30 dias. Além de encaminhamento das amostras, realizamos esquema profilático dos comunicantes (pessoas com contato íntimo por mais de quatro horas diárias com o paciente nos últimos sete dias). Devido ao fato do paciente estudar em São Bernardo do Campo, a Vigilância Epidemiológica do referido município foi comunicada para que as medidas de profilaxia cabíveis fossem tomadas na escola, o que devidamente ocorreu.
As investigações foram finalizadas pela Secretaria de Saúde de Santo André, por intermédio do Departamento de Vigilância à Saúde, e segundo os resultados dos exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, foram descartadas: meningite, meningite meningocócica e meningococcemia.
Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Informações adicionais relacionadas ao caso dependem de autorização expressa da família da criança.”

Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro – 02/04/2019

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