Do PT:
Ao aceitar o
convite para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sérgio
Moro revelou definitivamente sua parcialidade como juiz e suas verdadeiras
opções políticas. Sua máscara caiu.
Moro foi um dos mais
destacados agentes do processo político e eleitoral. Desde o começo da Operação Lava Jato agiu não para
combater a corrupção, mas para destruir a esquerda, o
Partido dos Trabalhadores e o governo que dirigia o país. Todas as suas ações
foram meticulosamente pensadas para influenciar nesse sentido.
Em 2016 gravou e vazou ilegalmente conversas privadas
da presidenta da República; condenou Lula, sem provas e por “atos indeterminados”; fez malabarismo
judicial para descumprir a ordem de soltura do TRF 4; manipulou o calendário do
processo para impedir um depoimento de Lula, no qual poderia se defender e divulgou
uma delação mentirosa de Antonio Palocci às vésperas do primeiro
turno.
As decisões arbitrárias,
ilegais e parciais de Sergio Moro levaram o Comitê de Defesa dos Direitos Humanos da ONU a abrir um procedimento formal sobre o processo
contra Lula, além de determinar a garantia dos direitos políticos de Lula, o
que foi desrespeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em clara desobediência
aos tratados internacionais vigentes.
Moro sempre foi um juiz
parcial, sempre agiu com intenções políticas, e isso fica evidenciado aos olhos
do Brasil e do mundo, quando ele assume um cargo no governo que ajudou a eleger
com suas decisões contra Lula e a campanha de difamação do PTque
ele alimentou, em cumplicidade com a maior parte da mídia.
O juiz que atuou
tão fortemente contra Lula é o mesmo que beneficiou os verdadeiros corruptos da
Petrobrás e seus agentes, que hoje gozam de liberdade ou prisão domiciliar,
além dos milhões que acumularam, em troca de depoimentos falsos, de claro cunho
político.
Essa nomeação,
cujo convite fora feito antes do primeiro turno, como revela o vice-presidente
General Mourão, hoje na Folha de São Paulo, é mais um sinal de que o futuro
governo pretende instalar um estado policial no Brasil.
O PT conclama os democratas,
os que defendem a Constituição e o estado de direito, a reforçar a campanha Lula Livre, por meio de um julgamento justo e do respeito às
convenções internacionais assumidas soberanamente pelo Brasil, assim como cobra
do Conselho Nacional de Justiça – CNJ que paute imediatamente a representação
contra Sérgio Moro, que se encontra no plenário desde
o ano de 2016, pelos desvios de sua função e a parcialidade na sua atuação.
Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro- 01/11/2018