SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O
candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, questionou neste domingo (14) o
comportamento de Carlos Eduardo, filho do adversário Jair Bolsonaro, que
reproduziu nas redes sociais uma notícia falsa de que o petista defendera o
incesto.
A publicação, um tuíte com um texto do
escritor Olavo de Carvalho, dizia que Haddad pregava a derrubada do tabu do
incesto. O autor retirou o texto das redes sociais, explicando-se depois. Mas
Carlos Bolsonaro a manteve com a pergunta "é isso que você quer ver
governando o país?"
Após um "encontro com pessoas com
deficiência pela democracia", Haddad listou mentiras das quais seria
vítima.
"Qual o limite da loucura do meu
adversário? Acusar um oponente de defender o incesto. Onde nós vamos
parar?", questionou Haddad.
O petista também disse que vê com preocupação
o que chama de projeto de poder de líderes igreja Universal do Reino de Deus,
citando ainda o fato de Bolsonaro ter chamado dom Paulo Evaristo Arns de
vagabundo e picareta.
"Onde é que esta loucura vai parar?
Hoje, uma igreja católica amanheceu pichada com uma suástica. Eu fui perseguido
por um carro de um bolsonarista chamando a igreja católica de igreja gay".
Haddad
cobrou ainda a imprensa pelo que chamou de omissão. "Vocês não vão acordar
para o risco que nós estamos correndo? Quando é que a imprensa vai acordar? A
ombudsman da Folha de S.Paulo está fazendo justamente isso".
Segundo Haddad, "se a imprensa não
ajudar, não vai acabar bem". "A democracia está em risco,
acordem", apelou.
Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro- 14/10/2018