Liberados PMs presos em assembleia da categoria no Recife

Do portal FolhaPE.
Policiais prendem presidente da ACSFoto: Clemilson Campos/Folha de Pernambuco
Um dia após serem presos, foram soltos na noite deste sábado (10) os dois representantes da Polícia Militar de Pernambuco detidos durante a assembleia da categoria realizada na tarde dessa sexta-feira (9) da Praça do Derby - no bairro de mesmo nome, na região central do Recife. 


O alvará de soltura do presidente e do vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Albérisson Carlos e Nadelson Leite, respectivamente, foi concedido pelo juiz Ivan Alves de Barros na audiência de custódia realizada este sábado no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Baezerra. A audiência acabou por volta das 21h45. Não foi pedido pagamento de fiança e eles também não responderão a processo. Os PMs ficaram detidos, até a audiência de custódia, na Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), no bairro do Jiquiá, Zona Oeste da cidade.


Na decisão, o juiz cita não haver vislumbrado, da parte do PMs, "a prática de qualquer ato de infração penal" e considera que as prisões de Alberisson Carlos da Silva e de Nadelson Leite Costa "aproxima-se de forma temerária mais da prática de abuso de autoridade, não condizente com o estado democrático de Direito".

Segundo o Governo de Pernambuco, os dois policiais haviam sido presos "por crime militar". Em nota divulgada cerca de duas horas após a detenção, o 
Governo afirmou que os PMs desafiaram o Poder Judiciário.


O advogado da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Francois Cabral, nega que tenha havido crime ou mesmo desafio ao Judiciário. "Como já vinha dizendo, a prisão foi escandalosa e o magistrado chancelou isso, considerando-a ilegal", afirmou Francois Cabral.

Confira as palavras do cabo Alberison após ser liberado da prisão abusiva:


Falando à Folha de Pernambuco logo após a prisão, 
o advogado havia argumentado que na ação judicial que proíbe a organização de greves os réus são as associações, não há nomes citados. Segundo ele, o pedido de prisão preventiva foi feito por um tenente coronel e não chegou a ter a tramitação concluída. “Ele não tinha como provar que a finalidade daquela reunião [assembleia de sexta-feira] era deflagrar greve”.

Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro – 11/12/2016

Envie suas noticias para o E-mail: felizsramosdecarvalho@yahoo.com.br -