(Foto: Reprodução/Divulgação) |
Um
pastor de 62 anos de uma igreja evangélica de Indaiatuba (SP) foi preso na
manhã desta terça-feira (19) por suspeita de abusar sexualmente de três
crianças. As vítimas, duas irmãs de 7 e 11 anos e a tia delas, de 12 anos, eram
molestadas há três anos.
A
investigação da Polícia Civil começou há dois meses e incentivou outras vítimas
a prestarem depoimento contra o suspeito. Segundo a corporação, o primeiro caso
envolvendo José Iran Alves da Silva ocorreu em 1993.
Segundo
a Polícia Civil, os abusos atuais aconteciam na casa do pastor. Os pais
contaram que tinham uma relação de confiança com o suspeito e quando
precisavam, deixavam as meninas sob os cuidados das filhas dele.
Após os
abusos, ele ameaçava as crianças e oferecia dinheiro para elas não falarem
nada. No entanto, uma das vítimas escreveu uma carta aos pais para relatar os
acontecimentos. O pai, que é policial militar, entregou o documento à polícia.
O
mandado de prisão saiu na quinta-feira (14), mas o pastor se entregou apenas
nesta manhã e negou os crimes.
A
defesa do pastor disse que o dinheiro dado às vítimas era para a compra de
material escolar e doces, quando ele também dava para as filhas.
Outros
crimes
Durante a investigação, a polícia descobriu que o pastor já tinha sido
indiciado por abuso sexual em 1999. Ele teria aliciado duas crianças. Na época,
o irmão dele também era suspeito de estupro, mas o inquérito foi arquivado.
A
polícia acredita em mais vítimas, já que pelo menos oito testemunhas deste caso
disseram que também foram abusadas, mas preferiram não registrar a denúncia.
Ele era pastor há mais de 30 anos e ministrou o último culto na terça-feira
(12).
Afastamento
No entanto, o vice-presidente da Assembleia de Deus de
Indaiatuba, Newton Oliveira Lima, afirma que o pastor pediu o afastamento há
dois meses, quando foram iniciadas as investigações sobre os casos de abuso.
“Ele
pediu voluntariamente o afastamento em cima das acusações que estão sendo
apontadas em cima dele. Ele alegou inocência para a igreja e pediu o
afastamento para fazer a sua defesa judicialmente”, explica.
Newton
ainda afirma que só recebeu denúncias a respeito do pastor após seu
afastamento. Segundo a Polícia Civil, a Justiça acatou o pedido e determinou a
prisão preventiva do suspeito, que vai ser encaminhado à cadeia anexa ao 2°
Distrito Policial (DP).
Fonte:
G1/ Adiberj
Por Sérgio
Ramos/Repórter e Blogueiro – 20/04/2016
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