Diagnóstico de vaginismo pede diversas opiniões médicas

Você sabe o que é vaginismo? Sim, é uma disfunção sexual. Ele faz com que os músculos vaginais se contraiam involuntariamente sempre que há a tentativa de uma penetração. É como se algo fizesse seu corpo de sentir ameaçado e bloqueasse a entrada de um corpo estranho – seja um pênis, um absorvente interno ou aparelhos para um exame ginecológico.
As causas desse problema não são tão simples de diagnosticar. Podem ser emocionais ou físicas, e exigem que o médico converse com a mulher e tente entender o que ela vem passando. Não é fácil, porém, para a mulher falar sobre o problema. “É preciso tentar compreender a mulher, seu histórico de vida, os problemas de saúde física e emocional que já tiveram e a tentativa de realizar alguns exames médicos para descartar quaisquer outros problemas que existam”, explica a fisioterapeuta e educadora sexual Débora Pádua.
O maior problema em relação à doença é que médicos não encontram nenhuma alteração física e acabam por dizer à paciente que ela não tem problema nenhum – mesmo ela sentindo o contrário. O desdobramento emocional do vaginismo pode levar à depressão, crises de ansiedade e isolamento.
O vaginismo tem cura e pode ser trabalhado em duas frentes: terapia e fisioterapia. “Aos poucos ensino essa mulher a relaxar os músculos corretos e a conhecer o próprio corpo. Ela vai aprender técnicas de relaxamento que vão possibilitar o ato sexual e a realização de exames ginecológicos. Não vou dizer que é um tratamento rápido, pois a duração depende de cada paciente, mas certamente é eficaz e transformador”, conclui.
Antes de acreditar que você não nasceu para o sexo ou que você não consegue sentir prazer, busque um médico especializado e, se necessário, vá atrás da segunda, terceira ou quarta opinião. O vaginismo é um problema muito mais recorrente do que a gente imagina.



Fonte: br.mulher.yahoo.com/ Por Carol Patrocínio
Postado por Sérgio Ramos/Repórter e Blogueiro – 05/08/2014