Em meio ao terrível conflito militar na Síria, um vídeo de 30
segundos acabou chamando atenção esta semana.
“Com a permissão de Alá, só Alá vai ser adorado no Levante.
Apenas a lei de Alá será estabelecida”, afirma o aheik Omar Raghba. Enquanto
ele segura uma estátua da Virgem Maria, explica: ”Os ídolos não serão mais
adorados. Não vamos aceitar que qualquer outra coisa além de Alá, a religião de
Alá e os ensinamentos do profeta (Maomé).
Em seguida, Raghba joga a imagem no chão.
Sorridente, pede que
os seu companheiros muçulmanos presentes gritem “Allahu Akbar” (Alá é grande).
Raghba é conhecido por seus discursos violentos. Seguidamente
usa as redes sociais para compartilhar fotos de crianças envolvidas na jihad
(guerra santa), mostrando seu apoio aos jovens que aspiram serem “mártires”.
O vídeo divulgado pelo Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente
Médio explica que foi gravado em Yakubiya, uma aldeia da Síria.
Para a maioria das pessoas, o material pode parecer apenas uma
manifestação de contrariedade às crenças católicas de adoração aos santos.
Contudo, em todos os países muçulmanos não há distinção entre católicos,
evangélicos ou ortodoxos. Todos são vistos como cristãos e, por isso,
idólatras. O Islã não admite que se faça nenhuma estátua para representar Alá.
A questão por trás do vídeo é uma das justificativas usadas
pelos soldados rebeldes que, ao acusá-los de serem “infiéis”, justificam sua
tentativa de exterminá-los.
O vídeo foi excluído do Youtube por causa de tantas reclamações
dos católicos. A alegação é que se trata de “propagação do ódio”. Isso não muda
o fato de que muitos cristãos estão morrendo a cada dia no conflito da Síria.
Independentemente de adorarem ou não os santos.
Segundo uma reportagem da rede inglesa BBC, desde o início da
guerra civil mais de um terço dos cristãos da Síria, cerca de 450 mil, estão
refugiados ou foram mortos. “Os incidentes de perseguição hoje em dia são
aparentemente implacáveis. Quase todos os dias, igrejas são queimadas, cristãos
são pressionados a se converter ao islamismo, há violência contra suas casas,
seus filhos são raptados ou estuprados e existe discriminação nas escolas e
locais de trabalho. A lista de problemas na região é ainda maior”, afirmou um
importante líder cristão sírio.
Fonte: ADIBERJ
Postado Por Sérgio Ramos/Repórter e Blogueiro – 02/11/2013
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