O senador e presidente do PTB em
Pernambuco, Armando Monteiro Neto, fez uma entrevista coletiva na noite desta
sexta-feira (11) para anunciar que sua sigla entrega os cargos no Governo do
Estado e na Prefeitura do Recife. Ele conversou com o prefeito Geraldo Julio
(PSB) e com o governador Eduardo Campos (PSB) pela tarde. Na entrevista, o
senador disse que este gesto dava maior “liberdade” ao PTB, mas negou que fará
oposição no âmbito estadual.
Armando
Monteiro atribuiu a saída do PTB do governo à filiação da ex-senadora Marina
Silva ao PSB e disse que neste momento a Frente Popular está rachada no estado.
“A candidatura do PSB era uma possibilidade até sábado, mas agora, depois da
junção de Marina a candidatura está consolidada. Considerando que o PTB
nacional tem um claro alinhamento em favor da reeleição de Dilma Rousseff, isso
produz uma natural dispersão dos partidos.
Então a Frente Popular se dissolve,
ou desmembra, a partir de agora e alguns partidos acompanharão Dilma. A Frente
cumpriu um papel responsável pelos avanços em Pernambuco, mas agora vamos
seguir um caminho coerente com a posição nacional”, falou.
O senador
disse que a conversa com Eduardo Campos foi cordial e que ambos compreenderam
suas posições. Além disso, Armando Monteiro disse que não fará oposição na
Câmara do Recife e da Assembleia Legislativa de Pernambuco. “Vamos continuar na
Assembleia e na Câmara apoiando todas as iniciativas e projetos de interesse de
Pernambuco. Não cabe em decorrência dessa circunstância ter um rompimento e
fazer oposição” considerou.
Apesar do
PTB sair na frente do PT, que não decidiu se vai ou não entregar os cargos no
Governo do Estado, o senador insistiu que isso não é contraditório e falou da
força do PT em Pernambuco. “Aqueles que acham que o PT se fragilizou têm uma
avaliação errada. O partido tem história e um enraizamento em Pernambuco. Não
sei se é contraditório o fato de entregarmos os cargos antes. O PT tem sua
natureza e processos diferentes”, afirmou.
Armando
Monteiro considerou que há um paralelo entre a situação do PSB a nível nacional
e do PTB em Pernambuco. “Participamos da gestão e fizemos avanços em diversas
áreas. Nas secretarias que ocupamos fizemos um trabalho extraordinário. Agora,
há muitos desafios e nessa perspectiva temos que discutir o futuro. No estado
se abre um ciclo novo pois, o governador já foi reeleito. O pernambucano será
mais exigente no futuro. Ele quer algo desse padrão para melhor, quem se
acostuma a andar no ritmo mais forte não se acostuma com um mais lento”,
declarou.
No Governo do Estado o PTB comandava o Detran e a Secretaria do Trabalho,
Qualificação e Empreendedorismo. Já na Prefeitura do Recife, os trabalhistas
encabeçavam a Secretaria de Saneamento.
Fonte: blogdomagno.com.br
Postado por Sérgio Ramos/Repórter
e Blogueiro – 13/10/2013