Surubim corre risco de ter epidemia de Dengue

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou que Pernambuco teve um aumento de 66,2% dos casos de dengue notificados, em relação a 2011. Este percentual quantitativo, relativo a 61.235 mil casos, foi identificado entre os meses de janeiro e novembro deste ano. Deste total, 25.236 mil incidências foram confirmadas. Durante o mesmo período de 2011, esse valor chegou a 36.845, dos quais 15,5 mil foram confirmados. No entanto, segundo a assessoria de Imprensa da SES, o número de mortes pela doença caiu de 100 em 2011 para 75 este ano.

Os números da pasta estadual apontam uma redução significativa de casos considerados graves: 206 em 2012. Enquanto que no ano passado o órgão registrou 660. Além disso, neste ano, a partir de setembro, a Secretaria vem observando que os casos de dengue estão diminuindo a cada semana.

“Notamos que as mortes por dengue diminuíram. Mesmo assim, em alguns municípios, o índice de empestação está elevado. E identificamos que dez cidades estão em situação de risco”, pontuou a coordenadora do Programa Estadual de Prevenção à Dengue, Claudenice Pontes. De acordo com ela, Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR); Feira Nova e Surubim, no Agreste; Condado, Aliança e Itaquitinga, na Mata Norte; e Exu, Ipupi, Betânia e Calumbi, no Sertão, detêm o maior número de incidentes do Estado.

A coordenadora alertou para a possibilidade de epidemia, caso es¬tas cidades não consigam reduzir as ocorrências. “Acreditamos a intermitência no serviço de abastecimento de água na RMR e a falta dela no Interior pode ter favorecido um criadouro que colabora com a ascensão da doença”, considerou.

Para a gestora, o trabalho de conscientização, junto à população, seria a principal frente de combate à dengue. “O momento de começar a luta é agora. Temos que fazer um trabalho educacional, para que a sociedade nos ajude também. A Secretaria de Saúde vai iniciar ações de combate à doença e conta com o apoio de todos”, ressaltou.

Ainda conforme a coordenadora, além das cidades onde há a maior aparição da enfermidade, outros 21 municípios estão sob supervisão do Estado. “Porque o problema com água aumentou a necessidade de ter mais reservatórios, e com isso mais focos. Tudo bem que é preciso guardar a água, mas esses reservatórios têm que ter uma vedação adequada. O trabalho de Educação sempre vai tocar nessa tecla”, destacou Claudenice.

A assessoria de Imprensa da Secretária de Saúde também divulgou as cidades que tiveram o maior percentual de notificações, são elas: Recife (22,98%), Jaboatão (8,12%), Cabo de Santo Agostinho (4,90%), Olinda (4,61%), Paulista (3,03%), Abreu e Lima (2,52%) e Ipojuca (2,23%), todas da RMR; e Caruaru (4,71%), no Agreste, Afogados da Ingazeira (4,19%), no Sertão, e Goiana (1,68%), na Mata Norte.

Fonte:Folha de Pernambuco
Postado por Sérgio Ramos/Repórter – 07/12/2012
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