Procurador - geral vai ao Sertão e fortalece atuação do MPPE


À frente de uma comitiva do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, foi à cidade de Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú), a 400 Km do Recife, no final da tarde de terça-feira (22), hipotecar seu apoio “a todas as medidas adotadas pelo MPPE naquele município”. Na semana passada, um grupo de moradores promoveu passeata contra as decisões tomadas pela promotora de Justiça Ana Clézia Nunes no enfrentamento à poluição sonora, à exploração do trabalho infantil e ao comércio de CDs e DVDs piratas.
No primeiro compromisso da viagem, Fenelon esteve reunido com os promotores de Justiça Ana Clézia, Lúcio Luiz Neto, Leôncio Tavares Dias, Francisco das Chagas Júnior, Oscar Nóbrega, Petrúcio Aquino, Fabiana Seabra e Wladimir Acioly na sede da Promotoria de Justiça. Em seguida, foi ao encontro do prefeito Totonho Valadares, no gabinete da Prefeitura, para detalhar as razões de cada uma das medidas tomadas pela promotora Ana Clézia, no estrito cumprimento da lei.
“Estamos aqui para firmar uma nova e importante parceria entre o Ministério Público e a Prefeitura de Afogados da Ingazeira, em defesa da cidadania e dos direitos coletivos da população afogadense”, disse Fenelon. “Agora estou defendendo o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que nossa Prefeitura firmou com o Ministério Público, porque ele foi construído a várias mãos e vou lutar para que este TAC seja cumprido integralmente”, afirmou Totonho Valadares.
Para a corregedora-geral do MPPE, procuradora de Justiça Luciana Marinho, que integrou a comitiva ministerial, a visita á Afogados da Ingazeira representou um processo de desconstrução de litígio. “O que levou uma pequena parcela da população local a protestar contra as medidas do Ministério Público foi puro erro de comunicação. As pessoas não entenderam direito o real objetivo dessas ações”, observou.
Quem também integrou a comitiva foi o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias (Caop) do Meio Ambiente, promotor de Justiça André Silvani, que explicou as ações do MPPE contra a poluição sonora. De forma pontual, disse que as festas populares serão regulamentadas e não proibidas, como a população entendeu, e que os clubes precisam fazer tratamento acústico em suas instalações, a exemplo dos principais clubes do Recife – Português, Internacional, AABB e outros.
Por fim, a presidente da Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE), promotora de Justiça Norma Sales, explicou que sua carta de repúdio aos atos de violência, praticados por um grupo de manifestantes, não teve o objetivo de ofender a população de Afogados da Ingazeira e sim dar apoio à Promotoria de Justiça. Norma Sales também lembrou que “se os manifestantes soubessem o teor daquele movimento de protesto não teriam participado do ato, porque todas as medidas adotadas pelo Ministério Público são voltadas para o benefício da população”.
Participaram da reunião no gabinete do prefeito o procurador-geral do município Carlos Marques e o secretário municipal de Governo Daniel Valadares. Ao final de sua viagem a Afogados da Ingazeira, Fenelon concedeu entrevista coletiva à Rádio Pajeú e aos blogs do Itamar e do Sertão, no auditório da sede do MPPE.

Fonte: MPPE - Postado Por Sérgio Ramos em 24-05-2012

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