Ministro Edson Fachin em evento da OAB-PR nesta segunda-feira (18) — Foto: OAB/Reprodução
O ministro Luiz Edson Fachin reafirmou, nesta segunda-feira (18), a integridade do sistema eleitoral brasileiro e, mesmo sem citar diretamente Jair Bolsonaro (PL), fez críticas a declarações proferidas pelo presidente da República, que voltou a levantar, sem provas, suspeitas já esclarecidas sobre as urnas eletrônicas.
Participando virtualmente de um evento de combate à desinformação, promovido pela OAB Paraná, o ministro disse que o debate político atual "tem sido achatado por narrativas nocivas que tensionam o espaço social". Criticou ainda o que chamou de "teia de rumores descabidos e populismo autoritário".
Repetiu ainda que não existe nenhuma possibilidade de interferência externa nas urnas eletrônicas, já que elas não são conectadas à internet.
Sem dizer a quem atribui o que chamou de achatamento de narrativa, ele afirmou que as declarações feitas nesta segunda (18) "buscam, sem muito disfarce, diluir a própria República e a constitucionalidade". Disse que há "inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade pública e afirmou que é muito grave haver uma acusação sem nenhuma prova".
"É hora de dizer basta à desinformação. É hora também de dizer não ao populismo autoritário, que coloca em xeque a conquista da Constituição de 1988".
Durante o evento, o ministro também disse que o tribunal é e sempre foi aberto ao diálogo, reforçando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceita críticas e aprimoramentos, mas "intervenções na Justiça Eleitoral, jamais".
"Se isso assim prosseguir [ataques], somente pode interessar a quem não interessa provas e fatos. Por isso precisamos nos unir e questionar a razão de tantos ataques a este tribunal e também ataques pessoais [...] Neste tribunal sempre estivemos abertos ao diálogo. Assim já se deu e assim se de dará na gestão de ministro Alexandre de Moraes".
Defesa das urnas
Ao defender as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral , Fachin afirmou que, tal qual nas eleições anteriores e em todas as outras feitas, o voto é seguro, transparente e auditável.
"As eleições brasileiras permitem, sempre, a quem se candidata a reeleição, que assim possa fazer como é legítimo que se apresente. A quem se candidata a presidência da República, que defenda suas ideias", afirmou o ministro.
Referenciando uma parceria com a OAB Paraná, firmada no evento para combate notícias falsas no pleito deste ano, Fachin disse que cabe ao TSE a aos parceiros a missão de "iluminar os fatos, garantir o acesso a informações adequadas, e mais do que isto, também promover a paz, a tolerância, e a democracia em prol do direito de escolha das brasileiras e brasileiros".
Fonte: G1
Postado por Sérgio Ramos/Locutor e Blogueiro-18/07/2022
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