Mesmo alvejado por notas plantadas diariamente para “desconstruir” sua pré-candidatura ao Senado pela Frente Popular, não espere nada de rompante na coletiva que o deputado André de Paula vai conceder nessa terça (03), na sede do PSD. É a primeira vez que ele vai se pronunciar sobre o tema e, decente como sempre foi com o PSB e com o governador, vai reafirmar apenas o óbvio: seu nome está a disposição da Frente Popular como candidato ao senado na chapa de Danilo Cabral. Se alguém perguntar porque ele acha que tem as credencias para a vaga, vai responder.
Pelo seu estilo elegante de fazer política, estava mesmo na hora, até porque o deputado não é dado a “plantar notas” na imprensa, especialidade de muita gente, por sinal. Faz parte do jogo político, mas o que parece é que os petistas passaram e muito do ponto. Primeiro rifaram Marília para o Senado e quando ela ameaçou deixar o partido, capitularam. Era tarde demais. Depois, decidiram pelo nome de Carlos Veras, mas a Nacional disse o contrário: o nome escolhido é o da deputada Teresa Leitão, que também nunca foi unanimidade no partido.
Ao perceber todo esse enredo, André de Paula resolveu falar. Habilidoso, não vai fazer nenhum movimento em torno de Marília Arraes (SD), embora a tenha recebido em seu gabinete há pouco mais de um mês. Com isso, deixa a decisão nas mãos do governador Paulo Câmara (PSB) que demorou muito a “bater esse martelo”. A leitura do movimento do deputado será uma só: Se o PT quer implodir a chapa comandada por Danilo Cabral que arque com as consequências. O ex-presidente Lula já deixou claro que sua candidatura não é de esquerda e, sim, de centro. Se os “radicais” do PT acham que podem ganhar a eleição sozinho, tudo bem.
O PT local, entretanto, está fazendo justamente o oposto do que o ex-presidente está construindo. O nome disso é “chantagem política”. Faz parte do jogo? faz, é claro. O governador Paulo Câmara (PSB), que nomeou, hoje, mais dois petistas como secretários do seu governo, irá ceder à esse tipo de pressão? Ninguém sabe.
De todo modo, a situação do deputado é bastante confortável. Ele é um nome certo para ser ministro de Estado, no próximo governo e tem interlocução direta com o “manda chuva” do partido, Gilberto Kassab, craque na arte de fazer política. Tanto ele, quanto Lula estão acompanhando tudo de muito perto. Mais do que muita gente imagina.
É isso.
Fonte: BLOG DO RICARDO ANTUNES Postado por Sérgio Ramos/Locutor e Blogueiro- 03/05/2022
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