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Pegou muito mal para a presidência de Bruno Araújo o show de despreparo das tão esperadas prévias do PSDB para escolher seu candidato à presidente da República. As notas emitidas pelos candidatos João Doria e Artur Virgilio refletiram a insistência de Bruno em manter o formato de votação por um aplicativo, que poderia gerar – como gerou – instabilidade e falta de resultado. Leite tem pressa, querendo encerrar a apuração em 48 horas. Doria e Virgilio dão prazo de uma semana.
Frustação para milhares de filiados que esperavam uma definição partidária neste domingo. O problema começou com um considerável montante de pessoas que não conseguiram se inscrever pra votar, antecipadamente, o que já colocou em xeque esse modelo. Quem perdeu foi o PSDB, que ainda protelará por alguns dias ou até semanas uma definição que não deveria tardar.
No local de votação em Brasília, só conseguiram registrar os votos aqueles que estavam no mandato. Durante todo o dia, o clima de acirramento e torcida organizada entre Doria e Leite estiveram presentes. Os ânimos estavam tão exaltados que ameaças e denúncias de compra de votos vieram à tona. Dividindo ainda mais um partido que já não está tão unido assim como em épocas passadas. A verdade é que as prévias que deveriam ser a marca da democracia interna de um partido se transformaram numa verdadeira lambança.
MILHÃO TORRADO – O protagonista da trapalhada tucana, aliás, é um milionário. O aplicativo a ser utilizado para a votação dos filiados custou R$ 1 milhão, valor pago com recursos do fundo partidário do PSDB. As cifras também incluem uma auditoria do sistema, que encontrou ao menos sete falhas no período de testes, o que gerou divergências anteriores sobre o adiamento das prévias, que foram mantidas e sofreram o baque.
Postado por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro-22/11/2021
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