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Não vamos permitir que tentem nos diminuir ou que abusem da prerrogativa parlamentar para acionar a polícia a nos investigar! Somos codeputadas eleitas como qualquer outro ou outra parlamentar da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Exigimos respeito!
São notórias as manobras regimentais usadas pelo deputado Alberto Feitosa (PSC) para sabotar a aprovação do PL 1010/20, de nossa autoria, que suspende os despejos enquanto durar a pandemia. Mais uma vez a pauta não foi votada hoje, teve sua definição adiada para a próxima terça-feira, na Comissão de Constituição Legislação e Justiça (CCLJ). O projeto de lei é necessário para atender as demandas da população vulnerável, que passa fome e pode ficar sem um teto para viver e se proteger do vírus da Covid-19. O PL está na Casa há 14 meses, e foi debatido em inúmeras ocasiões. A suspensão dos despejos na pandemia já foi determinada pelo colegiado do Supremo Tribunal Federal, igualmente aprovada pela Câmara Federal e está para ser debatida no Senado. É tão urgente quanto a vacinação em massa. Trata-se de uma questão de direito, de saúde pública e de humanidade.
Na reunião de hoje nós (e toda a sociedade que acompanhou a Comissão) presenciamos um espetáculo lamentável protagonizado pelo deputado Alberto Feitosa. Mais uma vez sem trazer argumentos válidos para justificar o travamento continuado da matéria, que é uma forma de se colocar contra a população pobre de Pernambuco, ao negar-lhe o direito de ter um teto pra se abrigar durante a crise, o deputado destilou autoritarismo, fake news, racismo, classismo, machismo e trouxe informações que preocupam a democracia e deveriam preocupar bastante a Alepe.
Feitosa afirmou que esteve na polícia e que lá fez uma investigação na rede social da codeputada Jô Cavalcanti. “Ontem a gente viu na polícia que a senhora suprimiu a postagem do dia. Mas a polícia está investigando e vai chegar lá”, afirmou, em tom de ameaça. O deputado informou que foi ao Ministério Público e à Polícia Civil fazer uma queixa crime.
Ele acusa as Juntas, na pessoa de Jô Cavalcanti, de incitar manifestantes durante um ato em que supostamente alguém teria dito que iria invadir a sua casa.
As Juntas Codeputadas não têm relação alguma com essa suposta fala e repudiam veementemente o tom, a acusação, e a tentativa de intimidação do deputado, que extrapola seu papel parlamentar para acompanhar a polícia numa investigação antidemocrática e descabida. As Parlamentares acionarão o Conselho de Ética da Casa e buscarão informações com a presidência, que, segundo Feitosa, foi comunicada do processo investigativo.
No final das contas, o mais importante – as questões próprias do parlamento – não foram debatidas e o PL do DespejoZero segue suspenso. O deputado quer brincar de investigador enquanto famílias perdem suas casas, num momento do caos pandêmico. As Juntas não têm nada a esconder e muito pelo que lutar.
Por Sérgio Ramos/ Radialista e Blogueiro- 29/06/2021
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