HUMBERTO COSTA PEDE NOVA CONVOCAÇÃO DO MINISTRO DA SAÚDE NA CPI.

Da Redação/Assessoria de Imprensa:
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Foto: Roberto Stuckert Filho

Titular da CPI da Covid, o senador Humberto Costa (PT-PE) protocolou, na tarde desta segunda-feira (10), um novo pedido de convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Para o parlamentar, o ministro deixou muitas perguntas sem respostas e, mais do que isso, esquivou-se de prestar contas ao Senado sobre atos que estavam prontos e só foram divulgados após o fim do seu depoimento.

No documento entregue à comissão, Humberto diz que Queiroga “foi lacônico em muitos aspectos, inclusive e sobretudo porque alegou estar há poucos dias na condição de ministro da Saúde”.


O senador, que já foi ministro da Saúde, afirmou que, mesmo médico e tendo presidido a Sociedade Brasileira de Cardiologia, que condenou o uso da cloroquina, da azitromicina, da ivermectina e da hidroxicloroquina contra a covid, o ministro fez de tudo para não confrontar Bolsonaro. “E mais: até hoje, não revogou portaria do Ministério que prescreve o uso de medicação para esse fim”, ressaltou.

Humberto criticou ainda Queiroga por não ter trazido ao conhecimento da CPI o fato de que sua pasta, dois dias antes, tinha editado uma portaria dispondo sobre procedimentos de cobrança administrativa e de instauração de tomada de contas especial em relação a recursos do Ministério da Saúde, aumentando a pressão sobre estados e municípios. A medida se insere no esforço do Planalto de mudar o foco das investigações da comissão para tirá-lo de Bolsonaro e jogá-lo sobre governadores e prefeitos. A decisão só foi conhecida por reportagem da imprensa.

“Essa portaria mostra que há uma ação coordenada no governo federal para minar nossos esforços e evitar a apuração das mais de 420 mil mortes a que chegamos até agora. Não vamos nos desviar. Não vamos perder a nossa rota. A cada dia, temos mais e mais elementos que confirmam a ação deliberada do governo em favor da expansão do vírus, enquanto empurrava remédios ineficazes na população. Isso está claro como causa direta desta que é a maior tragédia sanitária que vivemos na nossa história”, disse Humberto.

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