Alexandra Martins/Câmara dos Deputados |
Do que depender do presidente nacional do Cidadania, a legenda deve apoiar a candidatura de Raquel Lyra (PSDB). Roberto Freire declarou apoio à prefeita de Caruaru durante entrevista à Rádio Clube AM 720, no programa Manhã da Clube, comandado pelo titular da coluna Diario Político, Rhaldney Santos. “Se ela vai ser candidata, não sei, mas tem chances”, comentou.
De todos os nomes cotados para ao governo estadual em 2022, o ex-ministro da cultura e ex-senador Roberto Freire não titubeou ao responder o nome da prefeita como sua candidata preferida. “Venho acompanhando a sua excelente gestão em Caruaru”, justificou. O ex-ministro também afirmou não ter problemas ou restrições quanto aos outros nomes cotados, como os prefeitos Miguel Coelho (MDB), de Petrolina, Anderson Ferreira (PL), de Jaboatão dos Guararapes, Lupércio (Solidariedade), de Olinda e o próprio Geraldo Júlio, cotado para concorrer pelo PSB.
Segundo o ex-senador, ainda não há como ter certeza do cenário de 2022. “Não há muita clareza de como vão se posicionar as forças políticas de Pernambuco", justificou. Para Freire, as eleições nacionais influenciam diretamente as estaduais, o presidente especulou que se João Dória (PSDB), governador de São Paulo, se candidatar e tiver forças, isso dará uma visibilidade e força maior para a prefeita de Caruaru, se ela também estiver na corrida estadual. “O candidato nacional vai, de qualquer forma, induzir que sua aliança nacional se reflita nos estados, nos grandes estados isso tende a se realizar”, ponderou.
Nas eleições municipais de 2020, o partido já se encontrava no campo da oposição, tendo Daniel Coelho (Cidadania), presidente estadual da sigla, concorrendo como vice da Delegada Patrícia (Podemos). A aliança com o Podemos foi desfeita quando a Delegada recebeu o apoio do presidente da república, Jair Bolsonaro (Sem partido). “Quem estiver com Bolsonaro não vai contar conosco”, justificou Freire.
Eleições nacionais
Com a proximidade das eleições presidenciais, partidos de todo o país estão se articulando para compor o cenário político de 2022, e o Cidadania não é exceção. Há alguns meses a legenda vem flertando com o apresentador Luciano Huck, que está sendo cotado novamente para a corrida presidencial. Segundo Freire, Huck seria a melhor opção para fazer a terceira via, entre Lula e Bolsonaro.“Ele tem uma boa formação política, uma boa concepção de mundo e conhece a realidade brasileira como poucos conhecem”, ponderou.
Outro nome para possível apoio surgiu quando a reportagem citou Ciro Gomes (PDT), que, segundo o ex-ministro, representaria uma candidatura melhor do que Lula e Bolsonaro. Roberto comentou sobre o desequilíbrio emocional do possível candidato, que “pode ter melhorado com a idade”, e afirmou que se Ciro estivesse na corrida, ele não teria problemas. "Não tenho problema se ele, por acaso, for o candidato que possa unificar [o país]”, comentou.
A legenda também está se articulando em relação a outros partidos, apostando em uma parceria com o Partido Verde, que, segundo o ex-senador, tem um papel importante no século 21, na questão da sustentabilidade e defesa da Floresta Amazônica. O presidente do Cidadania inclusive divulgou o nome que imaginou para a parceria, “Cidadania Verde”.
Freire também descartou a possibilidade de se candidatar pelo partido, por ora, entretanto ressaltou que, dependendo das circunstâncias, isso pode mudar. “Não está no meu cenário, meu trabalho agora é abrir porta para a nova geração, o país está precisando disso”, afirmou.
Lula x Bolsonaro
Quando questionado quanto a um cenário de Lula x Bolsonaro no segundo turno, Freire afirmou que as duas alternativas são ruins para o Brasil, e não faria pactos com o petista. “Não faço pacto com Lula contra Bolsonaro nas eleições de 2022”, frisou. Entretanto, o ex-ministro também afirmou que não daria o apoio para Bolsonaro. “Sou antifascista, sempre fui”, justificou.
Roberto afirmou que o Petista tinha mais chances em um possível segundo turno, por conta da forma com que Bolsonaro tem lidado com a pandemia, o que diminuiu consideravelmente a popularidade do atual presidente. Entretanto, afirmou que os dois possíveis candidatos teriam satisfações a dar em suas respectivas campanhas. “Lula vai ter que explicar, em campanha, todo o seu passado, da mesma forma que Bolsonaro vai ter que ser cobrado por todo esse processo na pandemia”, comentou. Para Freire, a solução é buscar uma terceira via. “ Se não chegarmos lá, vamos levar todo o cenário em consideração”, comentou.
Postado por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro-22/04/2021
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