André Longo. (Foto: PedroMenezes/SEI.)

Quem anda nas ruas, especialmente em parques e calçadões, tem testemunhado uma quantidade considerável de pessoas nesses locais sem utilizar máscaras. O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, voltou a pedir empenho da sociedade em utilizar o acessório independente de qualquer argumento. Segundo André, esse tipo de cena, além de “incômoda”, vem atrapalhando os gestores na tomada de decisões mais avançadas no Plano de Convivência com a Covid-19 e não descarta a possibilidade de retrocessos, como voltar a fechar comércio.

“Tem nos preocupado muito ver pessoas que, a pretexto de fazer uma atividade física mais intensa ou corrida, negligencie o uso da máscara. É incômodo. Eu caminho na Jaqueira e sei que é incômodo, mas faça esse esforço. É por você, pelo outro. Realmente incomoda ver uma pessoa sem máscara, desrespeitando as normas sanitárias. A gente tem visto isso muito no calçadão de Boa Viagem, no Parque da Jaqueira. São as pessoas mais conscientes, mais esclarecidas da sociedade, que precisam dar exemplo”, criticou o secretário.

“Isso tem dificultado, inclusive, a tomada de decisão em alguns avanços. Nos preocupa fortemente como que será o comportamento da sociedade ao voltar a frequentar espaços fechados. Tem muita gente colaborando, mas, infelizmente, tem uma parcela da população que resiste às normas sanitárias”, lamentou.

O secretário citou outro exemplo de desrespeito: “Tenho ido ao shopping e vejo uma quantidade de gente sem usar máscara, circulando, tomando sorvete. E shopping é um espaço fechado. Se você vai tomar uma casquinha, fique em um mesmo espaço, parado, não circulando, passando por tanta gente dentro do shopping. Seria muito doloroso ter que retroceder etapas no Plano de Convivência, mas não vamos hesitar em fazer isso, em nome da segurança sanitária e da vida das pessoas”.

Aglomerações:

Outro ponto destacado pelo secretário foram as aglomerações vistas em bares e restaurantes. Mais de 800 pessoas já foram levadas à delegacia por descumprimento do decreto desde o início da pandemia. “É um número expressivo, mas não somos onipresentes. O 190 está aí, à disposição. Procon e Vigilância Sanitária também podem ser acionados. É preciso que as pessoas colaborem”, disse.

Por Sérgio Ramos /Radialista e Blogueiro = 19/08/2020