Ameaçados pelo PCC, policiais estão fazendo rodízio no Agreste de Pernambuco.

Da Redação com TV Jornal Caruaru:
felizsramosdecarvalho@yahoo.com.br-

A violência crescente em alguns municípios do Agreste de Pernambuco está assustando até mesmo os profissionais da segurança pública.

Agentes e comissários da Polícia Civil estão pedindo remoção para delegacias de outros municípios por causa de ameaças sofridas, que teriam se intensificado nos últimos meses com o avanço da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das mais perigosas do Brasil. Como medida de segurança, os policiais passaram a fazer um rodízio em outras cidades, evitando um longo período nos mesmos locais.

"Os policiais que participaram da investigação dessa organização começaram a ser ameaçados. Eles passaram a fazer rodízio nas delegacias, uma espécie de lotação temporária. Também houve reforço policial nas cidades onde há maior perigo", afirmou o presidente do Sinpol-PE, Rafael Cavalcanti.

O reforço teve início após o assassinato do policial civil José Rogério Duarte Batista, de 56 anos, às margens da rodovia PE-90, em Surubim, no final de maio. A vítima era lotado no Comando de Operações e Recursos Especiais (Core). Para os investigadores, a morte do policial, considerado exemplar e muito ativo no combate à criminalidade, foi um atentado contra toda a instituição.
No mês passado, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) cobrou medidas à chefia da Polícia Civil.

Segundo as investigações, membros da facção estão agindo em cidades como Surubim e Casinhas, comandando um forte esquema de tráfico de drogas e impondo medo à população.

Departamento de Combate ao Crime Organizado (Draco) está a frente do caso. O serviço de inteligência da Polícia Civil também redobrou a atenção para a região do Agreste. Na semana passada, a Polícia Civil prendeu suspeitos de envolvimento na morte do Policial Civil em Surubim.



AMEAÇAS TAMBÉM A JUÍZES.

Magistrados que atuam nesses municípios do Agreste também estariam sendo ameaçados pela facção. Por causa disso, alguns juízes estariam alegando suspeição para não assumirem processos referentes à organização criminosa. "O Poder Judiciário também está acuado na região", disse o presidente do Sinpol-PE.

VARA ESPECIAL.

Para combater a criminalidade no Agreste, o Sinpol-PE enviou ofício ao TJPE pedindo a criação de uma Vara Contra o Crime Organizado. "Já temos um departamento na Polícia Civil e outro no Ministério Público para investigar esses crimes. Falta a Justiça criar uma Vara", pontuou Rafael Cavalcanti. A resposta ao ofício ainda não foi dada.

Por Sérgio Ramos /Radialista e Blogueiro - 22/07/2020

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