SÃO
PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Rede social WhatsApp. (Foto: Bruno Fortuna/ Fotos Públicas) |
O WhatsApp
enviou notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc
services e SMS Market determinando que parem de fazer envio de mensagens em
massa e de utilizar números de celulares obtidos pela internet, que as empresas
usavam para aumentar o alcance dos grupos na rede social.
A empresa
também baniu as contas do WhatsApp associadas a essas agências. Reportagem
publicada pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (18) mostrou que empresas
bancaram uma campanha de mensagens anti-PT com pacotes de disparos em
massa.
A prática é ilegal, pois se trata de doação
de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não
declarada.
A agência AM4 e outras estão sob
investigação e serão notificadas caso sejam comprovadas as irregularidades.
O comportamento fere as regras do WhatsApp. O
envio de mensagens em massa com conteúdo eleitoral não é ilegal,
desde que use a base de usuários dos próprios candidatos, ou seja, listas com
nomes e telefones celulares de apoiadores que voluntariamente os cederam.
No entanto, várias agências venderam bases de
usuários de terceiros, segmentadas por região e perfil, de origem desconhecida
-o que é ilegal.
"Estamos tomando medidas legais para
impedir que empresas façam envio maciço de mensagens no WhatsApp e já banimos
as contas associadas a estas empresas", informou em nota o WhatsApp.
A empresa também disse que usa tecnologia de
ponta para detectar contas com comportamento anormal para que elas não possam
ser usadas para espalhar mensagens de spam.
A presidente do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), a ministra Rosa Weber, convocou para esta sexta-feira (19) uma
reunião com PT e aliados para discutir o caso.
O partido do presidenciável Fernando
Haddad entrou com ação na Justiça Eleitoral para investigar suposto
financiamento ilegal de campanha por Jair Bolsonaro (PSL).
Weber falará à imprensa na tarde desta sexta,
acompanhada da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e de outras
autoridades.
Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro – 19/10/2018