Do correio do Agreste.
Memória das Vaquejadas demonstra com documentação e depoimentos que a vaquejada de Surubim é a mais tradicional e antiga do país (Imagem: Divulgação/ Reprodução) |
O livro Memória das Vaquejadas
de Surubim – A História da Vaquejada mais antiga do Brasil, do escritor,
jornalista e editor do Correio do Agreste, poeta e artista
plástico Fernando Guerra, será lançado no dia 13 de setembro, às 20h, no
Restaurante Capitu, localizado na Rua Maria Barbosa, no Centro de Surubim. A
data só foi confirmada há pouco mais de uma semana, após o autor fechar
parceria para publicação da obra com a Companhia Editora de Pernambuco (CEPE).
O apoio cultural da editora, que
pertence ao Governo do Estado, foi autorizado pelo governador Paulo Câmara com
a intermediação do deputado federal Danilo Cabral, tendo em vista que se trata de
uma obra destinada a ficar como um marco na historiografia pernambucana,
conforme deixa claro o escritor José Nivaldo Júnior, no prefácio do livro.
O farto material compilado por Fernando
Guerra, dá um “xeque-mate” na disputa do título de “vaquejada mais antiga do
Brasil”. O distrito de Itapebussu, no município de Maranguape (CE),
Região Metropolitana de Fortaleza, reivindica a expressão. Lá a “corrida de
gado”, como a festa também é conhecida, começou em 1945 segundo os
organizadores divulgam a cada edição do evento. Em Surubim, a atividade foi
iniciada pelo menos oito anos antes.
“Memória das Vaquejadas demonstra com documentação e depoimentos que a vaquejada de
Surubim é a mais tradicional e antiga entre todas as existentes no país.
Igualmente, não se tem registros de que outra delas tenha começado
anteriormente, o que coloca Surubim num plano de pioneirismo nacional”, afirma
o autor.
Como prova, o livro reúne imagens de
reportagens feitas pelo Diario de Pernambuco em agosto de 1937, sobre a
Vaquejada de Surubim e reprodução das páginas da revista O Cruzeiro, a maior do
Brasil na época, que no final da década de 1940, fez uma extensa cobertura do
evento já tradicional na cidade. “1949 foi o ano em que o Brasil inteiro
tomou conhecimento da existência da vaquejada. Naquele ano, foi feito um
documentário, com o apoio do Ministério da Agricultura, que foi exibido nos
cinemas de todo o Brasil. A revista do ministério também deu amplo espaço ao
evento”, relata o escritor, que conseguiu após muito esforço, a restauração do
filme.
A Vaquejada de Surubim foi dividida no
livro em três ciclos: o primeiro compreende o seu começo, no ano de 1937 até
1942 quando ela foi proibida pelo juiz de Direito, Dr. Oscar Loureiro. O
segundo, tem início em 1949 e encerra-se em 1971. A narrativa termina em 1972
quando é inaugurado o Parque J.Galdino. “Pesquiso os dois primeiros ciclos. No
terceiro deles tem início a profissionalização das vaquejadas. É uma outra
história”, explica Guerra.
Mesmo antes do lançamento, Memória
das Vaquejadas de Surubim já foi selecionado para constar na Coleção
Tempo Municipal, do Centro de Estudos de História Municipal (CEHM), vinculado à
Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM). O
CEHM tem por objetivo promover o resgate da memória municipal, estimulando os
historiadores a preservarem o rico acervo documental do Estado e a registrarem
fatos e informações histórico-culturais dos municípios pernambucanos.
Além do evento no Restaurante Capitu, o
livro também será lançado no Parque J. Galdino, no dia 14 de setembro, dentro
da programação de 80 anos da Vaquejada de Surubim e contará com a apresentação
da dupla Sirano e Sirino.
Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro – 17/08/2017
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