Do Yahoo Noticias.
(Reprodução/Divulgação) |
Até
a adolescência, Natasha Bishop, nascida no Reino Unido, tinha uma vida normal.
Começou como é bem normal na idade, a namorar e descobrir seu corpo. E então
descobriu ser portadora da rara síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser.
Tão complicada como o nome da doença é a sua consequência.
A anomalia não tem causas claramente conhecidas e geralmente é diagnosticada
apenas na adolescência. Isso porque ela é diretamente ligada ao aparelho
reprodutor feminino.
A síndrome causa modificações que fazem com que não haja
nenhum — ou apenas um mínimo — de profundidade vaginal. Afeta também ovários e
úteros, que simplesmente não existem em pacientes com essa doença. Mas há
reversão. E foi isso que mudou a vida de Natasha.
Ao saber que possuía a rara doença, ela consultou médicos
e, orientada, decidiu operar. Depois da vaginoplastia, caminho escolhido por
ela, Natasha conta que finalmente conseguiu ter a vida de uma adolescente
“normal”, como ela sempre quis. Atualmente a britânica de 19 anos.
“No começo eu só chorava, fiquei apavorada em saber do meu
diagnóstico”, conta ela. “Fiquei anos sem sair com um menino, eu me sentia
muito mal. Mas a cirurgia e os exercícios diários devolveram a minha vontade de
conhecer pessoas”.
Além da cirurgia, Natasha precisou contar com a confiança
de pessoas próximas. Primeiro a mãe, que a ajudou a achar um médico que a
guiasse até a vaginoplastia. Depois, seu namorado, Laurence, que ela conheceu
quando já tinha conhecimento da doença. Foi com ele, inclusive, que ela
realizou o sonho de perder a virgindade.
“Ele soube me esperar, me entender. Tudo mudou quando nos
encontramos. Depois da primeira vez que fizemos sexo, depois de tudo isso… Bem,
quando acabou eu só conseguia chorar. Mas, pela primeira vez, chorar de
alegria. Senti que tinha a minha vida de volta”, diz a britânica.
Por
Sérgio Ramos/Repórter e Blogueiro – 20/10/2016
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