POESIA: A SERRA DA MATA VIRGEM

Autor: Francisco Ivan Nóbrega de Oliveira

(Imagem Ilustrativa)

I
Serra da Mata Virgem
No ano 54 aconteceu
Um pequeno terremoto
Que a serra estremeceu
Foi no sítio Pá Virada
Que o povo dali correu.
II
Lá em cima da serra
Registro não se tem
De falha geológica
Mas a natureza vem
Ao homem mostrar
Os mistérios do além.
III
Completou 62 anos
Do fato acontecido
E até o presente
O sismo adormecido
Não se manifestou
Do povo esquecido.
IV
Uma grande cratera
Esse sismo abriu
Na superfície da terra
Quando rocha ruiu
Em seu interior
Na fratura que surgiu.


V
Esse fato de relevância
Foi pouco estudado
Ao longo das décadas
Por homem graduado
Em ciência geológica
Da UFPE, do Estado.
VI
Se aquele fenômeno
A qualquer dia voltar
Com fúria e revolta
Na serra não vai ficar
Nenhum só morador
Para a história contar.
VII
A natureza um dia
Por capricho ou revolta
Pela agressão sofrida
Vai dar uma reviravolta
Mostrando ao homem
O caminho sem volta.
VIII
A natureza parece sentir
De tanta agressão sofrida
E vem se rebelando
Num tom de despedida
Com catástrofes ambientais
A cada instante, seguida.
IX
Pelos cantos da Terra
Terremotos e vendavais
Varrem nosso planeta
E os fortes temporais
Inundando as cidades
Próximas aos litorais.

X 
O aquecimento global
As geleiras derretendo
Em cada hemisfério
E suas águas correndo
Na direção dos oceanos
E seu nível crescendo.
XI
Matas desaparecendo
De maneira brutal
A ganância do homem
Em nome do capital
Levando espécie ao fim
De planta e animal.
XII
Se cruzarem os braços
E nada for feito
Em pouco tempo
Tudo ficará sem jeito
A Terra não tem bis
Deus fez tudo perfeito.


Por Sérgio Ramos/Repórter e Blogueiro – 13/07/2016