Da Fetape.
A Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) e os seus Sindicatos dos
Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais filiados, distribuídos pelos dez Polos
Sindicais, em todas as regiões do estado, estão articulados para, nesta quinta-feira
(16), realizar uma grande mobilização em todas as Agências (APSs) e Gerências
Executivas da Previdência Social em Pernambuco, contra a reforma da Previdência
proposta pelo presidente em exercício Michel Temer.
Esse ato acontecerá em todo o Brasil,
envolvendo milhares de trabalhadores e trabalhadoras assalariados/as rurais e
agricultores/as familiares, que estarão nas ruas contra o aumento da
idade mínima para a aposentadoria, dizendo não ao fim da pensão por morte e do
salário maternidade e pela não desvinculação do reajuste dos benefícios
previdenciários ao salário mínimo. Os manifestantes também irão protestar
contra o fim dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Previdência
Social.
Em Pernambuco, são 60 APSs distribuídas
pelas quatro gerências executivas. A expectativa da Fetape é mobilizar cerca de
20 mil pessoas, na capital e nas cidades do interior. “Queremos que haja uma
participação efetiva do conjunto dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo
e da cidade. Nós não iremos admitir nenhum retrocesso nos direitos dos
trabalhadores. Nesse dia, vamos para as ruas porque ela sempre foi o nosso
espaço e o nosso lugar de luta”, afirma o vice-presidente da Fetape, Paulo
Roberto.
Em algumas regiões do estado, a
mobilização ganhará o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST). “Precisamos lutar para garantir os avanços já conquistados. Vamos ganhar
as ruas para denunciar os abusos que o governo federal interino tem praticado
contra a classe trabalhadora”, dispara o presidente da Fetape, Doriel Barros.
Essa é uma ação coordenada pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), pelas
Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) e Sindicatos dos
Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STTRs), que consideram a
responsabilidade e a importância do conjunto do Movimento Sindical Rural no
processo da retomada do estado democrático de direito no País.
DECISÃO - A partir de uma avaliação
profunda sobre a conjuntura política brasileira, com todos os presidentes das
Fetags, reunidos na Contag, em Brasília, no mês de maio, após a abertura do
processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pelo Senado Federal e das
ações implementadas pelo presidente em exercício Michel Temer, o Movimento Sindical
Rural decidiu se manter em permanente mobilização em defesa dos direitos dos
trabalhadores e das trabalhadoras rurais e contra qualquer retrocesso.
Por Sérgio Ramos/Repórter e
Blogueiro – 15/06/2016
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