Do G1
(Foto: Reprodução/Divulgação) |
O
policial federal Newton Ishii, chamado de Japonês da Federal e que ficou
conhecido durante a Operação Lava Jato, foi preso na terça-feira (7) em
Curitiba. O mandado foi expedido pela Vara de Execução Penal da Justiça
Federal, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Ele
está detido na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. De
acordo com o advogado do agente, Oswaldo de Mello Junior, Ishii foi condenado a
quatro anos, dois meses e 21 dias em virtude da Operação Sucuri, que descobriu
envolvimento de agentes na entrada de contrabando no país.
As
investigações mostraram que os agentes facilitavam a entrada de contrabando no
país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu. O caso tramita sob
segredo de Justiça.
"O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) denegou um recurso que nós tínhamos
recorrido na semana passada sobre a condenação em Foz. Ao saber da expedição do
mandado de prisão, meu cliente foi avisado e imediatamente se apresentou em
Curitiba", disse o advogado.
Oswaldo
afirmou ainda que Newton já cumpriu quatro meses da pena e que isso será
descontado da condenação total. Segundo ele, a pena será cumprida em regime
semiaberto.
Nome citado na Lava Jato
O
nome de Newton Ishii foi citado em meio à Operação Lava Jato na gravação que
levou à prisão o senador cassado Delcídio Amaral, em Brasília.
No
áudio, o senador fazia tratativas com o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira,
o advogado Edson Ribeiro e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró,
Bernardo, buscando um plano de fuga para Cerveró, que estava preso na
carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
O
agente é citado durante a conversa quando o grupo discute quem estaria vazando
informações para revistas. Delcídio se refere a um policial como "japonês
bonzinho", que seria o responsável pela carceragem.
A
Polícia Federal disse, na ocasião, que iria apurar se o nome citado na conversa
era o do agente.
Fama
Com
a deflagração da Operação Lava Jato, o agente passou a ser conhecido em todo o
Brasil. A cada fase da operação nestes mais de dois anos, Newton Ishii aparecia
ao lado empreiteiros, operadores financeiros, políticos e funcionários públicos
que eram presos.
Por Sérgio Ramos/Repórter e
Blogueiro – 08/06/2016
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