Raquel Lyra: fazendo o que foi eleita para fazer

Da Redação:
felizsramosdecarvalho@yahoo.com.br-

O Estado de Pernambuco vivia, até sábado passado, uma verdadeira inversão de valores. A metástase da corrupção, presente em praticamente todas as contratações, quer seja de obras, serviços, materiais. A irracionalidade dos serviços públicos em todas as secretarias, autarquias, empresas, seja o que for. Um Estado distorcido na sua essência. A serviço dos privilégios e dos privilegiados. Tendo o povo como figurante. Cargos de confiança em grande maioria preenchidos por critérios pouco Republicanos, sem contemplar qualquer tipo de capacitação. Valendo quase sempre apenas o QI, nefasta prática que a gestão anterior consagrou para conseguir manter um governo corrupto, ineficiente, inodoro e amarelo.

TEM MUITO MAIS

Isso é só o começo do diagnóstico de um Estado apodrecido, contaminado em todos os setores. Repudiado pelo povo. Tanto que a oposição amealhou cerca de 82% dos votos válidos no primeiro turno. O governo, com o uso da máquina e de intermináveis recursos financeiros, frutos da prática heterodoxa do manuseio dos recursos públicos, teve 18% dos votos, mesmo contando com o apoio de Lula. Uma derrota acachapante, que carregava uma bandeira escrita com sangue, suor e lagrimas: mudança. No segundo e decisivo turno, Raquel Lyra foi consagrada como a escolhida pela vontade livre e soberana do povo para encarnar os sonhos e realizar as mudanças eleitas e necessárias.

MUDAR É DIFICIL

No primeiro dia de governo, Raquel, talvez inspirada no modelo bíblico de recenseamento, determinou a dispensa dos cargos de confiança e o retorno de todos os servidores efetivos aos seus locais de origem. Para serem contados, investidos das suas funções originais, reavaliados. Nada mais racional. Irracional era como tudo estava, com centenas, talvez milhares de servidores exercendo funções fora do escopo dos seus concursos ou nomeações.

No entanto, a coisa mais impositiva, mais natural, provocou tempestade em meia dúzia de copos que não conseguiram trocar as águas turvas dos conceitos equivocados pelas águas límpidas do novo tempo. Gente que clamava acertadamente contra o governo anterior e seus métodos pútridos não foi capaz de avaliar o obvio mais gritante. Ou seja, que mudar exige mudança. E mudança é sinônimo de breve e necessário transtorno, quem nunca trocou de residência aí? Transtornos passageiros para viabilizar a mudança necessária e verdadeira.

REGRAS E EXCEÇÕES

Claro que toda regra tem exceção. Algumas, naturais. Que estão sendo transformadas por setores desalojados de privilégios e alguns poucos jornalistas equivocados ou mal intencionados em cavalo de batalha. Uma especificamente seria cômica se não fosse fosse o mau gosto ou a crueldade: "Os doentes terminais estao em pânico porque têm 5 dias para se apresentar". Fala sério. As regras estabelecidas, genéricas, obedecem à legislação e ao bom senso. Quem está dispensado de ir trabalhar por outras questões, já está legalmente dispensado. Mas quem estava palitando os dentes, ganhando sem se apresentar no serviço, fora de função, esses... de volta às origens queridos. Como na regra do recenseamento bíblico que direciona o local do nascimento de Jesus, em Belém.

VEM MUITO MAIS

Esse o primeiro de muitos passos para botar a casa em ordem. Porque a desordem instalada é grande. Pernambuco é hoje um Estado corroído pela corrupção e bagunçado pela incompetência e por acertos pouco republicanos. Aos que esperavam que Raquel mudasse pessoas e mantivesse a podridão, sentem-se: vem muito mais por aí.

PERNAMBUCO NÃO É CARUARU

A frase acima é um dos argumentos insustentáveis de quem tenta colocar gosto ruim no ensopado. Raquel, que já trabalhou em Brasília em instituição de alcance nacional, que já foi Secretária de Estado, sabe muito bem disso. Ela chegou ao pleito como Miguel Coelho e Anderson Ferreira, com uma experiência administrativa para mostrar. Foi a escolhida. A gestão em Caruaru representa para Raquel não o modelo mas o laboratório. É da natureza dos modelos serem copiados. Já a dos laboratórios é terem seus resultados ampliados, replicados, disseminados. É para isso que Raquel foi eleita. É isso que está começando a fazer. Vai ouvir muitos resmungos. Mas, como dizia Luiz Gonzaga na propaganda do genial Carol Fernandes, e o povão gostando.

Do JORNAL O PODER - José Nivaldo Junior
Postado por Sérgio Ramos/Locutor e Blogueiro-04/01/2023

Postar um comentário

0 Comentários