IBGE Aponta que o Brasil tem mais 25 Milhões de Alcoólicos


Da Redação:
(Imagem Jornal de Brasília)
Em 2010, mais de 40% dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio tinham usado álcool nos últimos doze meses; o mesmo valia para 72% dos universitários brasileiros em 2009;

Em 2005, a prevalência estimada de alcoólicos na população brasileira era de 12,3%; aplicando tal percentual sobre esta população, tal como foi estimada pelo IBGE em 1º de julho de 2016 (206,1 milhões), temos como resultado mais de 25 milhões de alcoólicos no país.

Fontes:
http://www.aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-094329-001.pdf
ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2016/serie_2001_2016_TCU.pdf


Não há dúvidas de que um alcoólico precisa ser libertado de sua compulsão pelo álcool e, com frequência, isto requer tratamento hospitalar antes que medidas psicológicas possam ser inteiramente proveitosas. O fenômeno da compulsão limita-se a esta categoria de pessoas e jamais acontece com o bebedor moderado médio.
Essas pessoas nunca podem, sem correr riscos, consumir álcool de qualquer espécie. E, tendo criado o hábito e descoberto que não conseguem abandoná-lo, seus problemas se avolumam e sua resolução passa a ser extremamente difícil.

Homens e mulheres bebem, essencialmente, por gostarem do efeito produzido pelo álcool. Para eles, a vida de alcoolismo parece ser a única vida normal. Tornam-se inquietos, irritáveis e descontentes, a não ser que possam ter novamente a sensação de alívio e conforto que chega logo após tomarem alguns goles – goles que eles veem os outros tomarem sem problemas. Depois que se desenvolve o fenômeno da compulsão, eles passam pelos bem conhecidos estágios de bebedeira, da qual emergem cheios de remorso, com o firme propósito de não beberem outra vez. 
Isto se repete inúmeras vezes e, a menos que essa pessoa possa sofrer uma radical mudança psíquica, há muito pouca esperança de recuperação.

Por outro lado – por mais estranho que isto possa parecer aos que não compreendem – quando ocorre uma mudança psíquica, aquela mesma pessoa que parecia condenada, que tinha tantos problemas a ponto de perder as esperanças de resolvê-los algum dia, de repente se vê capaz de, com facilidade, controlar seu desejo de beber, precisando para isso apenas do esforço necessário para seguir algumas regras simples. [O fenômeno da compulsão] diferencia tais pessoas e as coloca numa categoria especial. Nunca foi definitivamente erradicado por meio de quaisquer dos tratamentos que nos são familiares. O único alívio que podemos sugerir é a total abstinência.

Isto nos lança imediatamente num caldeirão fervente de debates. Muito tem sido escrito a favor e contra, mas, entre os médicos, a opinião geral parece ser que a maioria dos alcoólicos crônicos está condenada. Qual a solução?

Fonte - esta citação encontra-se no livro Alcoólicos Anônimos. JUNAAB. São Paulo, 2012, págs. 23-30.

Por Sérgio Ramos/Radialista e Blogueiro – 10/08/2019

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