Do Yahoo Noticias.
(Luis Boudens, presidente da Fenapef. Foto: divulgação) |
A
Fenapef, Federação Nacional dos Policiais Federais, vai processar o presidente
Lula por denunciação caluniosa. Maior entidade de classe federal da América
Latina, com 20 mil associados, a Fenapef vai a forra.
Lula acusou a PF se plantar provas em seu apartamento.
Luís Boudens, presidente nacional da Fenapef, deu entrevista
exclusiva e este blog sobre o processo contra Lula:
“Atribuir a inserção de provas dentro do local de busca é
uma afronta à Polícia Federal. É uma alegação absurda. Isso não foi uma estratégia
de defesa de Lula, é puro desespero. Lula na verdade ficou surpreso ao ver
aquele documento. Temos a regra do processual: mas o direito penal não salva
Lula desse tipo de prova. Ela seguiu pelo rito processual penal, desmerecer e
desacreditar as provas trazidas por agentes públicos. Lula foi pego de surpresa
pelo documento exibido por Moro. Ele reagiu de pronto, não pode ter uma reação
calculada ou ensaiada. Não vamos permitir que essa alegação de Lula gere como
efeitos processos administrativos contra os colegas federais ofendidos. A fala
de Lula vai gerar consequências. Ele fez uma denunciação caluniosa contra a PF.
Vamos esperar os efeitos do judiciário em resposta ao que Lula alegou. A fala
dele exige uma reação, foi uma afronta à PF jamais ocorrida durante toda a Lava
Jato”.
Em março de 2016, na busca e apreensão feita em imóveis do
ex-presidente Lula, a Polícia Federal localizou orçamento de móveis de
marcenaria e recibos em nome do petista e de sua mulher, Marisa Letícia. Nos
recibos, a marcenaria informa que os pagamentos se referem ao “apartamento
142″.
A unidade reservada inicialmente por Lula e Marisa no edifício
Solaris, no Guarujá, era a de número 141. Em defesa encaminhada ao Tribunal de
Justiça de São Paulo, no entanto, os advogados de Lula fazem menção à unidade
142-A, que está em nome da OAS, assim como o tríplex 164 — que a força-tarefa
sustenta pertencer, na verdade, ao ex-presidente.
O apartamento de Lula em São Bernardo é número 122. Na busca e
apreensão, a PF verificou que ele usa também a 121, alugada de um primo do
pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Lava Jato.
Em seu depoimento nesta quarta-feira, Lula disse a Moro que o
recibo não é assinado nem por ele, nem pela finada primeira-dama. E sugeriu que
a PF plantou provas em nas buscas em seu apartamento.
Veja o recibo que Moro mostrou a ele:
Por Sérgio Ramos/Radialista e
Blogueiro – 12/05/2017
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