Estima-se que três em cada quatro
mulheres tiveram ou terão, na vida, um episódio de candidíase – incomodo na
região vaginal que causa muita coceira e irritabilidade.
A doença, pouco comentada e muito
frequente, especialmente em mulheres com vida sexual ativa, é provocada por um
fungo e se manifesta principalmente nos momentos em que a mulher passa por
baixa imunidade.
O ginecologista e obstetra José
Bento informa que a doença atinge cerca de 75% da população feminina. O médico
ainda frisa que a candidíase vaginal é a causa mais frequente de infecção nos
genitais.
“Ela provoca ardor, coceiras, dor
durante a relação sexual e a eliminação do corrimento vaginal em grumos. Com
frequência, a vulva e a vagina encontram-se inchadas e irritadas. As lesões
podem se estender-se também pela região perianal”, explica o especialista.
Ele também ressalta a importância
de a mulher contar ao parceiro sobre a presença desses sintomas, pois ambos
precisam ser medicados. “O casal precisa ser cuidado para o problema não se
propagar”, sustenta José Bento.
As grávidas são bastante propensas
a esse tipo de infecção, bem como as mulheres na fase que precede o período
menstrual e aquelas que convivem com diabetes fora do controle.
Além disso, outro fator que
interfere no surgimento da candidíase é o uso de alguns tipos de medicamentos,
como antibióticos e corticoides, que podem alterar a flora vaginal e os
sistemas de defesa do organismo. Pacientes com deficiência do sistema
imunológico, como os portadores de HIV, também são bastante sensíveis a essas
infecções por não conseguirem combater esses germes naturalmente.
“O sistema imunológico é um dos
principais responsáveis por manter o desenvolvimento da candidíase vaginal sob
controle. Por isso, seguir uma boa alimentação e estar com a saúde em dia é
muito importante para prevenção da doença”, reforça o Dr. José Bento.
Outra medida importante para
prevenir a candidíase é a higiene diária. Vale a pena tomar mais de um banho
por dia nas épocas mais quentes do ano e usar roupa íntima de algodão.”Vale
lembrar também a importância do uso de preservativo em todas as relações
sexuais”, acentua o médico, que ainda aconselha ser feita uma higiene genital
com muito cuidado, evitando o uso de duchas vaginais.
O diagnóstico clínico da
candidíase vaginal é feito através do exame ginecológico e pode ser complementado
com exames de laboratório como o papanicolau, em que a secreção é colhida e
analisada microscopicamente.
“O tratamento para combater a
candidíase é feito à base de antimicóticos locais, com princípios ativos como o
clotrimazol. Complementar o tratamento com uma dieta especial, preparada em
conjunto com o médico, também ajuda a recuperar a saúde e a reconstruir o
sistema imunológico”, finaliza José Bento.
Tags: candidíase vaginal, Dr.
José Bento, ginecologista, saúde da mulher, sexo
Fonte: http://casasaudavel.com.br/22 de maio de 2012
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